Não é novidade o fato de cada um ter sua vocação no Corpo de Cristo, seja para fazer parte de algum ministério dentro da Igreja, ou para exercer um cargo fora dela. Para esclarecer essa questão, conversamos com Jetro Coutinho, ele é Auditor Fiscal do TCU, dono do canal do YouTube Vocação Pública e nosso irmão em Cristo. Falamos especificamente sobre o Serviço Público, onde normalmente a maioria das pessoas que o almejam duas coisas: o salário e a estabilidade. Mas, segundo Jetro, a pessoa se acostuma com o seu salário depois de alguns meses e, a partir daí, a estabilidade já não é mais um grande diferencial. E se o Servidor não tiver algo que o motive, ele pode acabar tendo uma vida bem triste, e uma carreira não muito próspera no Serviço Público.
“A minha tentativa com a Vocação Pública é fazer com que o servidor público entre com um propósito diferenciado no seu trabalho desde seu tempo de concurseiro, isto é, ao invés de ele buscar o salário e a estabilidade, seu foco estará no impacto que o seu cargo pode causar na sociedade” afirma Jetro
Trazendo essa realidade para o meio cristão, sabemos que a plena satisfação só pode ser encontrada em Cristo, independente da nossa situação. Independente do que fazemos, podemos fazer para a glória de Deus, conforme a Palavra nos diz. A própria vida de Jesus mostra o quanto Deus valoriza o trabalho, tanto no meio secular quanto no ministerial, pois antes de Cristo ter começado seu ministério que durou 3 anos até sua morte e ressurreição, ele trabalhou como carpinteiro ajudando o próximo dentro da sua área de atuação. E nós podemos seguir o exemplo do Mestre.
Jetro continua, “Quando um crente é convertido, ele já não enxerga as coisas da mesma forma, porque o Espírito Santo toca seu coração e o transforma de dentro pra fora. Então ele já a enxergar novas perspectivas, porque ele passa a entender as coisas sob a visão que a Bíblia traz. Em relação ao trabalho, Efésios 6: 7 nos diz que temos que trabalhar como se estivéssemos fazendo para Deus, e não para os homens; e levando em conta apenas esse versículo, se todos nós tivéssemos essa consciência de que nosso trabalho é pra Deus, que tipo de trabalhadores nós seríamos? Do tipo que sempre chega atrasado? Que vive reclamando? Quer sair mais cedo? Faz fofoca do chefe? Ou seríamos outro tipo, já que é para Deus que estamos trabalhando? Acredito que as igrejas perderam um pouco disso, principalmente a partir da década de 50 aqui no Brasil, quando passamos a dar prioridade apenas àqueles com chamado missionário, ou pastoral. De fato, Deus abençoa grandemente estes vocacionados, mas temos que lembrar que existe também aquele(a) irmão(ã) que, por algum motivo, Deus não chamou para um serviço ministerial, e sim pra ser um(a) advogado(a), um(a) médico(a), ator(a), cientista político, etc. Esse irmão também pode mostrar a glória de Deus através do seu trabalho, com diz 1 Coríntios 10: 31, e isso se espalha em todas as áreas da nossa vida, porque na nossa vida cristã, nós não conseguimos separar a vida espiritual da secular, e profissional
Como falei, quando Deus nos transforma de dentro pra fora, tudo muda. Então, não vivemos várias vidas, e sim uma só, que é a vida de Cristo em nós, e essa vida pode e vai se manifestar em todas as áreas da nossa vida, seja no exercício da profissão, nos relacionamentos, ou em qualquer outra e de diversas formas.”
Em resumo, quando exercemos nossa profissão com um senso de propósito centrado em Jesus, isso faz toda a diferença em nosso ambiente de trabalho. Uma vez que entendemos e colocamos em prática o que Cristo nos ensina, isso não passa despercebido pelas pessoas à nossa volta que ainda não conhecem a Deus, pois acabamos pregando a Boa Nova com nossas atitudes e nossa vida.
Assista a entrevista completa:
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Por João Pedro – Estagiário
- Jornalista Responsável| Adenildo Souza